quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Alacachofras Recheadas no Friccò



Esta é uma das especialidades da nossa querida Marisa . O recheio é feito com pão italiano temperado. Ficou com água na boca?

Alcachofras



Alcachofras, carciofi, artichou ou cynara scolymus, dependendo do idioma que você usar, é originária do árabe al- kharshûf .
Segundo documentação histórica, a transformação da alcachofra Silvestre para uma cultivada aconteceu na Sicilia a partir do primeiro século. Tanto os gregos como os romanos conheciam esta planta, mas no estado silvestre, e acreditavam que elas tinha poderes afrodisíacos. No século 15, a alcachofra cultivada, aparece em pinturas do renascentista Vincenzo Campi e do Arcimboldo. Catarina de Médici levou esta iguaria para França pela primeira vez, depois de se casar com o Rei Enrico II. Também o Rei Luigi XIV era grande consumidor. Foram os holandeses que levaram para Inglaterra as alcachofras e Enrico VIII gostou tanto que mandou plantar alcachofra no jardim dele em 1530.
Os espanhóis e os franceses levaram esta planta para as America no século XVIII, na Luisiana e na Califórnia, onde hoje se multiplicam com tanta facilidade que viraram praga.
Segundo a FAO se produz aproximadamente 1.300.000 toneladas de alcachofras, 80% na área do Mediterrâneo sendo 56% na Itália, o restante na Espanha e França. Fora da Europa, se produzem alcachofras na Califórnia para atender o mercado dos Estados Unidos, o maior exportador de alcachofras é o Peru, que começou produzir para atender os países europeus fora da safra de lá. No Brasil se produz alcachofras principalmente na região de Piedade, esta cultura foi introduzida pelos imigrantes italianos porém, a maioria dos produtores são japoneses e a festa da alcachofra acontece em São Roque onde quase não se produz alcachofra.
Este é o Brasil, globalizado por natureza.

Na Itália existem algumas variedades diferentes de alcachofras, mudando de tamanho e de sabor, a principal diferença das brasileiras é que as italianas são bem menos fibrosas (veja na foto acima) e se comem quase por inteiro. Existe um tipo tão delicado que se come crua, laminada.
Quando falamos das pequenas (alcachofrinhas) as brasileiras (em minha opinião) são melhores que as italianas para serem feitas em conserva.

NO FRICCÓ PREPARAMOS VARIOS PRATOS COM ALCACHOFRAS.

Carpaccio de carne com lascas de alcachofras e queijo pecorino.
“Cuore” de alcachofra gratinado com espinafre e parmesão
Risotto com camarão e alcachofra
Alcachofra inteira a moda da Marisa

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Delicias Italianas - Região da Campania - Nápoli


Devido a problemas alfândegários que atrasaram a importação dos vinhos escolhidos para o evento dos dias 28/09 decidimos mudar o tema para região da Campania ( Nápoli).
Contaremos com a presença do italiano Giorgio Pompili da Importadora Europa para fazer a apresentação dos vinhos.
A Campania é uma das regiões italianas mais belas e conhecidas no mundo inteiro. A sua culinária é conhecida mundialmente por ter fornecido ícones da gastronomia como a pasta de trigo duro ( em Gragnano) , mozzarella de búfala, pomodoro Samarzano e a pizza margherita ( homenagem a Rainha Margherita).

Jantar da região da Campania ( 28 de setembro)
3 ª feira a partir das 20 h 15

preço por pessoa R$ 125,00
Tudo incluso menos o vallet
Maiores informações acesse aqui.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Viagens para serem lembradas e compartilhadas Capítulo 2 - Pio Cesare 1881

Quando resolvemos ir ao Piemonte nesta viagem, o nosso maior interesse era em conhecer a Vinícola Pio Cesare na cidade de Alba perto de Turin. Tanto pela sua importância quanto pela amizade que criamos com o propretário dela e os seus familiares. Saímos de Milão pela manhã, após passarmos pela estação Central de trens onde compramos da Tim um chip com uma promoção que podíamos falar com o Brasil por 0,15 euros o minuto. Comento isso, pois é bem prático e barato levar um celular desbloqueado para a Itália e lá comprar o chip. É mais barato para quem liga do Brasil também. No caminho de Milão para Alba, já começamos a nos deparar com belos campos , que era apenas uma amostra do que estava por vir. Chegando a Alba, na hora do almoço e com um calor de mais ou menos 37° , nos encontramos com Augusto, um simpático e super atencioso piemontês , primo do proprietário da Vinícola Pio Cesare e um dos responsáveis pela mesma. Augusto nos levou para almoçar em um típico restaurante da cidade onde costumam comer muitos dos mais famosos vinicultores de lá, a refeição foi aquele desfile italiano de antipasto, primo piatto, secondo com contorno, fruta ,dolce e café, tudo regado com vinhos Pio Cesare, Barbera D´Alba, Barbera Fides e Barolo 2004 um espetáculo. Fomos convidados a nos hospedar na casa de campo da família Pio Cesare, uma propriedade linda na comuna de Treiso chamada Il Bricco , cujo os vinhedos que circundam a casa são responsáveis pelas uvas que se elaboram os vinhos Crus Barabaresco Il Bricco (Nebbiolo), puro sangue da vinícola e o Chardonnay Piodilei , maravilhoso vinho branco com alma de tinto que tem passagem pela madeira e facilidade para evoluir até para mais de 10 anos dependendo da safra, todos elaborados na vinícola. Este lindo casarão antigo e com mais ou menos 10 quartos fica a 7 km de Alba no coração do Langhe e foi restaurado para hospedar a família no verão e amigos que vão visitar -los. Nos instalamos em 2 quartos muito bem decorados e à noite saímos para jantar com Cesare ( sobrinho do Pio) que tambem trabalha na vinicola e sua simpática esposa Anita. Eles nos levaram na rua principal de Treiso ao lado da propriedade, na enoteca-restaurante Profumo Divino muito simpático e com um belo terraço ao ar livre, onde comemos e apreciamos o anoitecer tomando logicamente vinhos Pio Cesare. Cesare nos recomendou que fossemos no dia seguinte passear nas cidades ao arredores de Alba, Serralunga, Barolo, Castiglione Falletto. E lá fomos com o GPS a nos guiar, apesar dos poucos conhecimentos de como usar a “geringonça” , chegamos a conclusão que o aparelho é bom para cidade , pois em estradas, mesmo pedindo o percurso mais rápido, ele faz caminhos mais longos. Quando estávamos prestes em entrar na primeira Comuna, percebemos que o nosso filho estava dormindo aí resolvemos passear sem rumo em direção a Bra. Nós adoramos deixar alguns lugares sem ser visitados, assim teremos um ótimo motivo para retornar em breve para lá. Chegamos, visitamos e almoçamos na cidade de Bra, mas isso merece um capitulo aparte, o próximo. Voltamos para Alba ansiosos para conhecer finalmente a vinícola centenária, a única que ainda resiste no centro histórico da cidade Pio Cesare 1881. O sonho se tornou realidade, a minha ficha caiu quando ao deixar os 35°graus do lado de fora do portão centenário, aquele frescor e paz de espírito que se sente em alguns lugares “monásticos” tomaram conta de mim. Fica difícil transmitir com palavras tamanha emoção, por isso tentamos fazê-lo com este video acima. Nos perdoe algumas falhas, nos somos amadores rsrsrsr.Um agradecimento particular vai ao Jairo que foi nosso guia durante a visita,com explicação em espanhol.